quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"Proxeneta"



Chulo,
Proxeneta,
Cafetão!
Os meus prostitutos
Dão o cu por um tostão
Apenas putas,
Apenas putos
Mas o cu eles darão.

Os tempos não vão belos!
Nem pr'a mim,
Nem pr'a ti
Mas a isto te vais dar
Por ser esse o teu fim,
Por ser esse o fim de ti!
Por em ti nao acreditar.

Sim, aposta nisso.
Sim, é um bom futuro.
Sim, com esse "cuzinho"
Vais ser dono do Mundo!

(mal sabe o teu vizinho)

Como compraste aquele carro?
Tu nem tens trabalho!
-Pois não, dou o rabinho
E dói comó carvalho!

Prostituição de rua?
Prostituição de salão?
Prostituição tua!
Prostituição com razão!
Sim, eu invisto nisto
Ah! Sou um grande cabrão!

Venham, venham todos!
Venham todos ao meu rebanho!
Se tens cu!
Trabalho para ti, eu tenho!

E chamem-me!

Chulo,
Proxeneta,
Cafetão!
Pois...
Os meus prostitutos
Dão o cu por um tostão.
Apenas putas,
Apenas putos
Mas o cu eles darão.


Tiago Oliveira   18/01/2012

2 comentários:

João André disse...

Meu bom amigo, é esta tua polivalência a nível de escrita que torna todas as tuas palavras, algo que vale a pena perder 10, 20, 30 minutos a ler. Porque seja qual for o vocabulário que uses seja ele melancólico por vezes ou noutras alturas mais agressivo e "calão", a tua essência e o teu talento, esses continuam os mesmos.

Um abraço

Anónimo disse...

Uma mistura peculiar de crítica social e humor brejeiro, o que faz desta peça de escrita um texto verdadeiramente português! Gostei muito Tiago, diferente do teu habitual!