Dá-me a chave e eu abrirei a porta
Sem que toques sequer no seu puxador...
E passas pelas ruas
Pisando a fria calçada
Manias as tuas
Misérias de nada.
Todos te olham
O perfeito infinito
Mas nada percebem
Não passas de um mito.
E tal como um rato
Persegue migalhas
Para o simples acto
De apenas as comer.
Persigo eu a percepção
Não para a entender
Mas para que viva
Sem ser ilusão.
Mas a porta não vou abrir
E se a abrir taparei a cara
Porque a percepção é apenas vergonha
Vergonha daquilo que sou.
E no dia em que perceber o infinito
A beleza terá outros canônes
Aí todos usarão máscaras
Sabendo que são belos.
Os olhos ganharão o seu valor quando a porta abrir
Porque tudo se entenderá ao ser visto...
Tiago Oliveira 23/02/2010
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