Um rosto dedicado a um velho
Que nas suas rugas encontra uma vida...
Mãos aos pares...
Com tudo o que têm a dar,
Chagas dedicadas ao trabalho
Ou à guerra.
A ambos, penso.
Olhos tristes, sobrancelhas frisadas.
Do cabelo...
O que lhe resta é branco.
Sentado agora à fogueira,
Torna histórias,
Aquilo que foi um dia
A sua vida.
Á terra te dedicaste
E a tudo que dela advém.
Com tristeza vês agora o campo,
Sem ter força de o trabalhar.
De um monte surge uma cidade,
Mas as tuas mãos continuam feridas
Como fica agora o teu coração.
Resta-te agora morrer,
Guardando a tua descendência
O que ao mundo deixaste.
Tão belo pai foste
Como agora avô és.
Tiago Oliveira 15/03/2010
1 comentário:
Uauh... Há muito ue um texto não se adequava tanto a mim! Obrigado por me recordar o quão especial era o meu avô!
Parabéns está mais que fantástico! Está único! :D
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