"If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is, infinite." William Blake
terça-feira, 30 de março de 2010
domingo, 21 de março de 2010
Olhares
Olhares de outros,
Espelhos da alma
E não do corpo.
Miragens de todas as formas,
Ilusões sem fim.
Ruas, ligações,
Portas, meras entradas,
Janelas, reflexos de vidas passadas
Com tudo o que têm a dar
Ou a esquecer.
Porém...
A cegueira nada deixa ver,
E apalpamos o escuro
Como cava a toupeira o buraco.
Não desse ela os olhos ao sapo
E talvez tudo fosse diferente.
Tiago Oliveira 21/03/2010
Espelhos da alma
E não do corpo.
Miragens de todas as formas,
Ilusões sem fim.
Ruas, ligações,
Portas, meras entradas,
Janelas, reflexos de vidas passadas
Com tudo o que têm a dar
Ou a esquecer.
Porém...
A cegueira nada deixa ver,
E apalpamos o escuro
Como cava a toupeira o buraco.
Não desse ela os olhos ao sapo
E talvez tudo fosse diferente.
Tiago Oliveira 21/03/2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Mundo
O inferno que piso
Aquece-me os pés.
Está frio cá em cima!
Tiago Oliveira 17/03/2010
Definição: Haikai (em japonês:Haiku ou Haicai) é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Os poemas têm três linhas. Em japonês, haiku são tradicionalmente impressos em uma única linha vertical, enquanto haiku em Língua Portuguesa geralmente aparecem em três linhas, em paralelo. in Wikipédia
Aquece-me os pés.
Está frio cá em cima!
Tiago Oliveira 17/03/2010
Definição: Haikai (em japonês:Haiku ou Haicai) é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objetividade. Os poemas têm três linhas. Em japonês, haiku são tradicionalmente impressos em uma única linha vertical, enquanto haiku em Língua Portuguesa geralmente aparecem em três linhas, em paralelo. in Wikipédia
segunda-feira, 15 de março de 2010
O ceifeiro e a sentença
Tudo tem dois pesos,
Uma coisa é certa, o homen é pecador!
O escuro, o sombrio
Onde a morte é pura
E o nosso consciente
Sente o que é medo.
Serpentes enroladas ao pescoço,
Como na forca
Acha o homem a salvação.
Labaredas nos corpos queimados,
Gritos, choros angustiantes
De quem diz ser inocente.
A sentença por vezes é injusta.
O ceifeiro é cego,
Os factos, apenas enganos
Mas a decisão sempre é tomada.
O tribunal da vida,
Crueldade no seu todo.
Quem o vê de frente,
Erguido e não ajoelhado
Por ser essa a sua verdade,
Na morte encontra a sua dignidade
Pois só essa pertence a todos.
Justiça! Cega! Surda! Muda!
Quando começarás tu
A ver, ouvir e falar?
Tiago Oliveira 15/03/2010
Uma coisa é certa, o homen é pecador!
O escuro, o sombrio
Onde a morte é pura
E o nosso consciente
Sente o que é medo.
Serpentes enroladas ao pescoço,
Como na forca
Acha o homem a salvação.
Labaredas nos corpos queimados,
Gritos, choros angustiantes
De quem diz ser inocente.
A sentença por vezes é injusta.
O ceifeiro é cego,
Os factos, apenas enganos
Mas a decisão sempre é tomada.
O tribunal da vida,
Crueldade no seu todo.
Quem o vê de frente,
Erguido e não ajoelhado
Por ser essa a sua verdade,
Na morte encontra a sua dignidade
Pois só essa pertence a todos.
Justiça! Cega! Surda! Muda!
Quando começarás tu
A ver, ouvir e falar?
Tiago Oliveira 15/03/2010
Avô
Um rosto dedicado a um velho
Que nas suas rugas encontra uma vida...
Mãos aos pares...
Com tudo o que têm a dar,
Chagas dedicadas ao trabalho
Ou à guerra.
A ambos, penso.
Olhos tristes, sobrancelhas frisadas.
Do cabelo...
O que lhe resta é branco.
Sentado agora à fogueira,
Torna histórias,
Aquilo que foi um dia
A sua vida.
Á terra te dedicaste
E a tudo que dela advém.
Com tristeza vês agora o campo,
Sem ter força de o trabalhar.
De um monte surge uma cidade,
Mas as tuas mãos continuam feridas
Como fica agora o teu coração.
Resta-te agora morrer,
Guardando a tua descendência
O que ao mundo deixaste.
Tão belo pai foste
Como agora avô és.
Tiago Oliveira 15/03/2010
Que nas suas rugas encontra uma vida...
Mãos aos pares...
Com tudo o que têm a dar,
Chagas dedicadas ao trabalho
Ou à guerra.
A ambos, penso.
Olhos tristes, sobrancelhas frisadas.
Do cabelo...
O que lhe resta é branco.
Sentado agora à fogueira,
Torna histórias,
Aquilo que foi um dia
A sua vida.
Á terra te dedicaste
E a tudo que dela advém.
Com tristeza vês agora o campo,
Sem ter força de o trabalhar.
De um monte surge uma cidade,
Mas as tuas mãos continuam feridas
Como fica agora o teu coração.
Resta-te agora morrer,
Guardando a tua descendência
O que ao mundo deixaste.
Tão belo pai foste
Como agora avô és.
Tiago Oliveira 15/03/2010
domingo, 14 de março de 2010
Pássaro
Rasgado o horizonte pelo mar...
O bater das ondas
Calado pelo vento.
E a espuma...
Lembra as nuvens
Que no céu surgem.
O canto do pássaro
Que na árvore do monte poisa,
Como o assobio
De alguém que me chama.
A água calma que percorre o rio
Agita-se ao chegar ao mar.
O vento...
Torna tudo tão humano.
Tão simples como bater-me na cara
E despentear-me os cabelos.
Quase pertenço à natureza.
O mar, um simples adereço.
O cheiro à raiz da árvore,
Ao pó da terra,
O que me sustenta.
Descalço-me para sentir nos pés,
Aquilo de que um dia
O meu corpo fará parte.
Se a magia existisse,
Enterrariam-se os meus pés
Na terra como se raizes fossem.
Nos meus braços poisariam pássaros
Como nos ramos das árvores.
E o meu coração continuaria a bater.
Se na natureza tudo sentisse,
As árvores andariam e cantavam com os pássaros.
Tiago Oliveira 14/03/2010
O bater das ondas
Calado pelo vento.
E a espuma...
Lembra as nuvens
Que no céu surgem.
O canto do pássaro
Que na árvore do monte poisa,
Como o assobio
De alguém que me chama.
A água calma que percorre o rio
Agita-se ao chegar ao mar.
O vento...
Torna tudo tão humano.
Tão simples como bater-me na cara
E despentear-me os cabelos.
Quase pertenço à natureza.
O mar, um simples adereço.
O cheiro à raiz da árvore,
Ao pó da terra,
O que me sustenta.
Descalço-me para sentir nos pés,
Aquilo de que um dia
O meu corpo fará parte.
Se a magia existisse,
Enterrariam-se os meus pés
Na terra como se raizes fossem.
Nos meus braços poisariam pássaros
Como nos ramos das árvores.
E o meu coração continuaria a bater.
Se na natureza tudo sentisse,
As árvores andariam e cantavam com os pássaros.
Tiago Oliveira 14/03/2010
Casa em Ruínas
O mundo tem duas portas,
Abre aquela que não terás de fechar.
Ruinas de uma casa quase perdida...
Bocados de um vidro,
Talvez de uma janela.
Inquietam-me por mais simples que sejam.
Vejo reflectido neles
Todas as histórias que vigiaram
Que eles guardaram e escondem.
A verdade é cruel.
Uma porta no chão
Nem do vento se protege,
Por ela já não passa ninguém.
O puxador continua lá.
As ervas bravas dominam agora
Onde posou um quadro ou uma fotografia.
O telhado inexistente
É agora apenas céu.
Das pessoas que dela fizeram lar,
Lembranças não restam.
Ouço os passos, risos, choros.
Rostos, nem os invento.
Eu, apenas um observador
É belo ser criador de histórias.
A história não deixa morrer
O que a imaginação uma vez criou.
A casa será sempre uma casa,
A imaginação faz dela uma história...
Tiago Oliveira 14/03/2010
Abre aquela que não terás de fechar.
Ruinas de uma casa quase perdida...
Bocados de um vidro,
Talvez de uma janela.
Inquietam-me por mais simples que sejam.
Vejo reflectido neles
Todas as histórias que vigiaram
Que eles guardaram e escondem.
A verdade é cruel.
Uma porta no chão
Nem do vento se protege,
Por ela já não passa ninguém.
O puxador continua lá.
As ervas bravas dominam agora
Onde posou um quadro ou uma fotografia.
O telhado inexistente
É agora apenas céu.
Das pessoas que dela fizeram lar,
Lembranças não restam.
Ouço os passos, risos, choros.
Rostos, nem os invento.
Eu, apenas um observador
É belo ser criador de histórias.
A história não deixa morrer
O que a imaginação uma vez criou.
A casa será sempre uma casa,
A imaginação faz dela uma história...
Tiago Oliveira 14/03/2010
sábado, 13 de março de 2010
Bem, esta semana foi uma semana má. Sabem quando tudo parece estar bem e de um momento para o outro tudo se desmorona como um castelo de cartas? Bem, foi isto que se passou nesta minha última semana. Ás vezes nestes momentos maus surgem coisas, pessoas, amigos que nós nem sonhava-mos que se preocupassem comnosco, ou que nos fizessem tão bem, mas são estas coisas boas que nos dão alento e força para conseguir voar outra vez e ainda mais alto, por isso quero agradecer a todos os que estiveram ao meu lado nesta fase má. Assim, queria partilhar convosco duas músicas que nesta semana má estiveram sempre no topo da lista do Itunes. Porque "A vida não vai parar, vai com o vento, tens tudo a dar não percas tempo", deixo-vos Pearl Jam com Rearviewmirror e Even Flow.
Fernando Santana
Fernando Santana
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