quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Distorção de uma Natureza


Vejo um campo de milho, imensamente grande, um exército grego. Suas folhas verdes afiadas como espadas de dois gumes utilizadas pelos militares, capazes de ferir como fere qualquer arma. O vento passando pelo interior de toda a plantação entoa gritos como aqueles que se ouvem em qualquer batalha, gritos de angústia, de dor e de saudade pelos que estão em casa á espera, não de um caixão, mas dos braços abertos do homem por quem eles há muito esperam e rezam a um dos quaisqueres deuses em que acreditam. Será a Hades a bela morte que eles rezam ou a Ares a doce guerra ou talvez Afrodite o sangrento amor. De que servem tantos Deuses quando no verdadeiro Deus está a verdadeira e completa força. Mas em breve aquele campo dará o seu fruto como o singelo terminar da guerra, que realmente não termina apenas descança durante o tempo que o Homem achar necessário. E como Alexandre o Grande, favorecendo a sorte o audaz, conquistou o seu império, o labrador levará a sua colheita como recompensa do seu esforçado trabalho.

Tiago Oliveira 30/09/2009

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