terça-feira, 3 de abril de 2012

O Equilibrio


Sou o nada
Centrado no tudo.
O vento estaca,
Pára o mundo.
Raízes surgem das nuvens,
As folhas tocam-me cara,
A terra faz-me cócegas
E o mundo, esse, pára!
Equilibrado. Mas ás cegas.

Surge o sol
De onde nasce o ar
(aparecendo de mansinho)
Aquilo que hoje incendeia
A água não vai apagar.
É o ciclo das coisas,
O equilibrio do mundo.
Tudo o que se ergue
De novo volta ao fundo.

Paira à minha cabeça
A mão de alguém.
Ao nascimento de uma alma, rio,
(Que interessa essa?)
De seguida outra vem.

Estou desnudado,
Irreconhecível
Parado no nada possível.
Peso morto num caixão
Sem saber qual a razão
Da paixão apetecível.

Tiago Oliveira 3/04/2012

2 comentários:

Diogo Santos disse...

Muito bom, és poeta!
http://olhoescutosintoepenso.blogspot.pt/ crie a pouco tempo, vai acompanhado quando tiveres tempo e faz as criticas .

Anónimo disse...

Excelente ! (x

Tânia R.