"If the doors of perception were cleansed, every thing would appear to man as it is, infinite." William Blake
terça-feira, 3 de abril de 2012
O Equilibrio
Sou o nada
Centrado no tudo.
O vento estaca,
Pára o mundo.
Raízes surgem das nuvens,
As folhas tocam-me cara,
A terra faz-me cócegas
E o mundo, esse, pára!
Equilibrado. Mas ás cegas.
Surge o sol
De onde nasce o ar
(aparecendo de mansinho)
Aquilo que hoje incendeia
A água não vai apagar.
É o ciclo das coisas,
O equilibrio do mundo.
Tudo o que se ergue
De novo volta ao fundo.
Paira à minha cabeça
A mão de alguém.
Ao nascimento de uma alma, rio,
(Que interessa essa?)
De seguida outra vem.
Estou desnudado,
Irreconhecível
Parado no nada possível.
Peso morto num caixão
Sem saber qual a razão
Da paixão apetecível.
Tiago Oliveira 3/04/2012
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2 comentários:
Muito bom, és poeta!
http://olhoescutosintoepenso.blogspot.pt/ crie a pouco tempo, vai acompanhado quando tiveres tempo e faz as criticas .
Excelente ! (x
Tânia R.
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