sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Choro


Geme crua verdade, geme
Rebenta com gritos o meu crânio,
Acorda o que a mentira adormeceu!

Deambula, rasteja...
Entre o meu cérebro,
Entre o meu coração,
Onde a bela e mentirosa habita.

Selvática orgia...
Observo, em corpo, não alma.
Animais rugindo, Homens!
Mentiras alucinantes.

Salta da janela.
A porta já não se abre,
Fechou-se, trancou-se...
E a lua brilha sobre o telhado.

Orvalho goteja em cada ombreira,
Cai no chão, toca-me os pés.
São lágrimas, não gotas...
E choro, em alma, não corpo.

Geme crua verdade, geme...

Tiago Oliveira 6/08/2010

2 comentários:

sousa disse...

ja tava com saudades de ler algo teu.. e assim tao agrexivo de serta forma.. :P

Unknown disse...

WOW!!
Muito intenso , adoro como articulas as sensações com os sentimentos!